quarta-feira, agosto 18

Férias..

Estava o homem na varanda, fazia agora meia hora, num inquieto gesto e constante de olhar para a esquerda e para a direita. Não era um mero homem a olhar à varanda, pois esse olharia e tornaria a entrar dentro do seu respectivo quatro. Numa rua tão calma como esta era, tal acto, desprezível para alguns, um nada interessante para outros, despertara uma invulgar curiosidade. Já certo era o tédio que personagem passara naquela tarde. Tal “aventura” havia tornado um tanto empolgante, do ponto de vista da personagem. Das duas horas de descanso que ele tinha direito, e ele as usava após o almoço. Numa esperança de reaver o homem, o personagem, voltou à janela, já que ele se encontra na varanda a ler um magnífico livro de Boris Vian. A personagem apercebeu-se que só ia espreitar para o terceiro andar do prédio da frente, para confirmar que as três belas jovens ainda e encontravam no seu apartamento, e então se viessem recolher as suas toalhas, o personagem, num gesto sem nervosismos, ou ansiedade, aproveitara para lhes acenar e sorrir, dois simples gestos que provocaram efeito, sem estar à espera de resposta da mesmo género, ou seja uma resposta com outro aceno. Nestas duas semanas, o personagem sabia que tinha ficado viciado naquelas três raparigas, apesar de desconhecer o sítio de onde provêem, apenas lhes sabia o nome. E tal acto de ir verificar as toalhas para saber se já tinham ido para a praia do Vau, ou não..
Lá boas férias foram, a personagem acabou por as conhecer, o que o tornou feliz por alguns instantes..

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