quinta-feira, setembro 27

Nick Nicotine

Penso que encontrei uma solução.

Cada médico terá, sempre, uma pistola no seu gabinete. Ao constatar que o paciente não está com boa cara tentará avaliar se aquilo é coisa para durar mais que um ano.

Em caso de resposta positiva deverá marcar nova consulta para o próximo ano.

Em caso de resposta negativa deverá o médico pedir ao paciente que se dirija àquela zona da sala de consulta protegida por plásticos. Aí disparará apontando à cabeça do paciente. O médico deverá carregar no botão que, simultaneamente, abre o alçapão que dará acesso ao forno e alertará o pessoal auxiliar para que saibam que é altura de colocar novos plásticos.

Algumas notas: os custos inerentes à limpeza também pesam no orçamento – é essencial que o médico explique ao paciente que não se deve mexer, para evitar salpicos. Os mais egoístas estão-se pouco marimbando para o sistema nacional de saúde, não percebem que isto não dá para todos, cuidado com esses cabrões. Outra coisa: penso que nem será preciso alertar para a necessidade de conseguir resolver a situação com um único tiro certeiro – para além das balas também terem um custo a ideia, aqui, é tratar o paciente com rapidez e dignidade.

Não somos animais.


(Nick Nicotine)

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