O pessoal do rock trabalha muito?
Pois, não é só fumar umas brocas, pegar numa guitarra e ir para cima do palco. Há muito trabalho por trás e uma pessoa tem de centrar-se no que quer, consigo mesmo e com o instrumento que pretende tocar, no coletivo em que está inserido. Já pertenci a vários coletivos - claro que o principal é o Xutos & Pontapés -, mas já estive noutros em que a minha posição, no palco e como músico, é diferente.
(...)
Tu criaste uma personagem?
Alimentei uma personagem. Todos nós alimentamos uma personagem consoante, até, com as profissões que temos. Pessoas que gostam do que estão a fazer querem ir o mais longe possível. Numa pessoa que é pública, essa personagem é o desenvolvimento da sua personalidade. No meu caso, como músico, acima de tudo há uma honestidade total em relação à vida que levo. Assumo o que faço e isso é transportado comigo. A andar na rua, a ir às compras, seja o que for, eu também sou o Zé Pedro dos Xutos & Pontapés. Tenho esse carimbo na testa.
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