quarta-feira, junho 7

Copo meio cheio

O que será que o futuro me reserva? Eis uma questão que raramente faço, por achar completamente desnecessário planeá-lo, uma vez que não temos a certeza daquilo que será, então como posso eu tentar controlar um aspeto incontrolável? Não é um pouco, egoísta da minha parte? Talvez, quiçá? Mas hoje, estou aqui a pensar nisso, enquanto oiço a Run dos Foo Fighters, que aproveito para acrescentar que acho fantástica, mesmo que o Dave Grohl abuse um pouco da sua capacidade de gritar sem provocar damage à sua garganta, pelo menos de forma aparente, mas acaba por ligar com aquilo que a música relata, com a sua edginess explosiva. Música essa que oiço, pela quinquagésima vez. É, não sei evitar ser obcecado com músicas, uma das minhas grandes falhas. Ou virtudes, quem sabe, depende do ponto de vista, Copo meio vazio ou meio cheio?
Onde é que eu ia? Ah sim, o futuro, esse misterioso tempo inalcançável que me deixa perplexo, pela sua filosofia, porque é um intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido. Nunca terá, for that matter, porque ele nunca chega, é sempre interessante pensar nisto de um ponto de vista filosófico, porque ansiamos aquilo que nunca chega, e quando chega é assim mágico, momentâneo.
Mas a vida dá tantas voltas, há cinco anos atrás via as pessoas de um certo modo, tinha amizades que julgava serem para a vida e não supérfluas, e hoje aqui estou eu a olhar para aquilo que a minha vida era, e para aquilo que hoje é. Estou a repetir muitas vezes a palavra hoje não estou? Eu sei, mas não encontro outra forma de descrever estas vinte e quanto horas que passaram. Ou que passam. Ou que continuam a passar. E vão passar. E sempre passarão até ao fim dos meus dias.
Não vale a pena pensar nisto, porque o que quer que eu pense e/ou sinta, provavelmente o universo vai encarregar-se de arranjar uma maneira peculiar de fazer uma união com um universo paralelo, o que até à altura não fazia sentido, mas passa a fazer porque o universo assim o quer. E se ele assim o quer, quem sou eu para contrariar isso?

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