"Mas se ele é paciente, crédulo, submisso, humilde, manso, apático, indiferente, abúlico, céptico, desconfiado, descrente e solitário, também não deixa por isso de nos aparecer, em constante contradição consigo mesmo, simultaneamente capaz de se mostrar incrédulo, revoltado, resmungão, insolente, furioso, sensível, compassivo, arisco, activo, solidário, convivente..."
terça-feira, agosto 27
sábado, agosto 24
Pangea
Hoje foi dia de festa. Não para mim, mas para o puto que celebrou um ano e nove meses desde que foi concebido. Família reunida. Refrigerantes e muita variedade de bolos em cima da mesa. Ruídos próximos e distantes, num mar de timbres, intensidades, volumes e tons diferentes, acordados e a percorrer pela sala, quase como se cada conversa individual se quisesse destacar das outras, como se numa corrida terminal, onde aquela que se perde, para sempre morre, neste cenário que é típico de uma festa de aniversário - ou pelo menos para mim sempre fora.
Foi a primeira festa que aconteceu desde à muito tempo, tanto tempo que eu sei lá, agora, depois deste tempo todo, foi estranho, sei que de facto é a minha família e que aqueles humanos, a sua presença nunca me foi indiferente, mas agora tornou-se diferente? Senti-me outdated ali, porque sempre idolatrei aqueles que outrora foram jovens e agora.. Agora, senta-te ao pé de mim, vamos falar. Pelo menos é o que ambos vamos pensar que vai acontecer. Mas passam dois minutos e a cerveja já acabou, parece-me uma boa saída de cena, ao ir deita-la fora.
O que aconteceu com vocês? Apesar de ter mentalidade para saber que tenho de aceitar os assuntos que não tenho culpa, mas de uma forma interminável, houve termo. Tenho de me consciencializar disso. Algo aconteceu, eu era novo para perceber esses assuntos demasiados pessoais, mas uma coisa eu percebia! A culpa não era minha. De facto nisso acertei, nunca tive a culpa, mas acabei por ser penalizado e ter de lidar com isso.
Quando se cresce com uma rotina, com um conjunto de pessoas específico e de repente, é como se na historia escrita, nesse livro, os primeiros textos foram escritos e os últimos também, mas no meio a tinta preta com partículas de ferro para canetas-tinteiro fora derramada. Tudo depois disso é estranho. Inevitavelmente. Parece que estou numa sala cheia de gente desconhecida, apesar de os conhecer.
Espera aí...
Acho que nunca os conheci, apenas sabia seus nomes, idades, identidades, mas se calhar nunca a cheguei a conhece-los na integra. Porque se fossem realmente como eu os conhecera, não se iriam revelar diferentes perante certas e determinadas situações, certo? Não sei, mas acho que quando a criança que cresce acompanhada de ídolos e no momento seguinte é-lhe privada isso, a criança fica com um espaço vazio, por causa daquilo que lhe foi abstido.
Sim, sofri muito com isso, porque não esperava que acontecesse o que aconteceu, da maneira como aconteceu, porque quando a pangea passa para a deriva continental, não volta a ser a pangea, pois não?
sábado, agosto 10
"As palavras são de facto o menos eficaz dos meios de comunicação. São mais susceptíveis de interpretações erradas, muito mais frequentemente deturpadas. E porquê? Por aquilo que as palavras são. As palavras são meras elocuções: ruídos que expressam sentimentos, pensamentos e experiências. São simbolos. Sinais. Signos. Não são verdade. Não são a coisa real." -Neale Donald Walsch
segunda-feira, julho 22
quarta-feira, julho 17
Guns
"Em 17 de julho de 1993 os Guns N' Roses tocavam em Buenos Aires - Argentina, no estádio de River Plate, diante de cerca de 80 mil pessoas. Era a última apresentação da tour Use Your Illusion, que fora rebatizada pela banda em sua última etapa para "Skin N' Bones", cuja finalidade, segundo o guitarrista Slash, era "fazer com que a banda obtivesse lucros, pois toda a produção foi reduzida ao essencial. Ficamos com Dizzy Reed (tecladista), mas tivemos que dispensar Teddy (Zig-Zag), o conjunto de sopros e as garotas de backing vocals. Essa turnê continha uma sessão acústica no meio da apresentação que destacava os sucessos do álbum Lies, como também alguns covers como 'Dead Flowers'".
Alheio aos hoje conhecidos problemas de bastidores da banda na época, o que se via sobre o palco era a energia e empolgação de sempre. O fato engraçado foi a participação do finado baterista Cozy Powell em "Used to Love Her", trajado como entregador de pizza. Na época, Powell tocava com a Brian May Band, que abriu os shows dos Guns N' Roses no final da tour.
O show foi marcado por ter sido a última vez, até hoje, em que o vocalista Axl Rose e o guitarrista Slash dividiram o mesmo palco. Destaque para o longo abraço de ambos ao final da apresentação. Mal sabiam eles o significado que aquele gesto teria, mais de 20 anos depois, para milhões de fãs do mundo inteiro. Indiretamente, era o fim de uma era e um ciclo era encerrado ali. Foi como se eles soubessem disso.
O Guns N' Roses ainda lançaria o album de covers "The Spaghetti Incident" em novembro de 1993, mas o que se seguiu nos anos posteriores foram desencontros e especulações até a dissolução do grupo como era conhecido.
"Fizemos nosso show de encerramento na Argentina, em 17 de julho de 1993. Se bem me lembro, tocamos até cerca de duas da manhã, e então tomamos conta do bar do hotel até as seis. Quando retornamos a Los Angeles, recebemos a honra de termos feito a turnê mais longa da história do Rock. Foram cento e noventa e dois shows em dois anos e meio, abrangendo vinte e sete países. Mais de sete milhões de pessoas nos viram tocar. Não costumo registr as minhas realizações, mas, se fosse o caso, seria essa que apontaria em primeiro lugar", relatou Slash em sua auto-biografia."
domingo, julho 7
EXPRESSA-TE!
se eu não sei escrever, de que me vale fazê-lo?
para te expressares, para te libertares através de letras que juntas formam palavras que têm a ter um significado; o que tu lhe dás. É uma forma de ficares mais liberto e essa ideia é linda, eu de certa forma agora também me vou libertar, não vou escrever, vou cagar.
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