terça-feira, abril 20

Qualquer coisa

E já está a cair, de uma altura de vinte metros, não tenho a certeza de onde veio, mas acredito que é uma coisa normal, e é o que aparenta ser uma bomba de pipocas. A multidão começa-se a reunir, crianças a apontar para o céu, idosas a acreditar na chegada do Apocalipse e gigolos a viverem à grande. Um pressuposto fim do mundo. Golfinhos estão a contornar o céu e a cacarejar, o que é estranho, pois quem faz isto, são as galinhas, mas num mundo de ilusão tudo é possível, até aquele panasga humilhado constantemente, ser homem, é uma realidade virtual. Uma espécie de matrix imortal e iludido. Concentro-me e sem fazer a menor força, movo a mais pesada montanha do mundo, e sinto-me a renascer, tanto por dentro como por fora. Uma Ressurreição, quiçá? Um força, um amor. um mundo a preto e branco, que marca a igualdade, todas as pessoas são como os ecrãs das primeiras televisões, mas eu tenho cor. Cor de pele, azul, vermelho, preto, amarelo, todas as cores em mim, projectadas como uma magnifica aurora boreal. Espantoso algo tão natural e tão raro, mas também tão bonito. Vou aproveitar esta magnifica imagem que a Mãe Natureza me deu. Sou um sortudo por poder aproveitar o que ainda posso assistir à natureza dar-me, pena os meus filhos... pena os meus netos...Mas até passarem cinquenta anos e o "buraco do ozono" aumentar, pode ser que arranjemos uma solução não é? Pau de cera , é uma vela...
Como é que as pipocas nos vão matar? Estou pedrado de sono para saber uma resposta mesmo persuasiva.

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