sábado, setembro 18

Preso na mente

Procuro (ou tento procurar) o que realmente quero encontrar, contudo não faço a mais pequena ideia do que isso seja. Hmm.. Talvez seja manteiga de amendoim, porque quero uma coisa “doce” ao sabor. Ao sabor... Sei simplesmente isto. Mas rapidamente sei que não é isto que procuro, pois a manteiga não comunica, não tem sentimentos. Pelo menos é que acho, na verdade nunca tive uma oportunidade de falar abertamente com ela sobre tal. Se pretender isso um dia,talvez descubra que a manteiga é espectacular, talvez seja.
Entretanto continua a minha exaustiva busca na procura disto que necessito, apenas sei isto; necessito. Alguma coisa ou alguém? Mas como poderia saber fosse o que fosse se era apenas uma criança quando o pensamento “veio ter comigo”. E nada pude fazer em relação a tal.
E acabo encurralado à procura duma saída sei lá talvez duas, nem que sejam minuciosas ou arriscadas. É-me indiferente. O único problema é que não vejo nada. Ou melhor vejo uma cor sólida. Preto. Mas o ver ou não ver acaba por ser a mesma coisa nesta situação em que nada vejo ao ver. Procuro uma saída. Nada. Procuro novamente, espera.. Será? Não, não é. Parece que entrei em conflito comigo mesmo quando procuro algo que realmente possa vir a gostar. Ou alguém. Mas rapidamente perco a fé de sair daqui. Pois lá no exterior possivelmente não há ninguém que tenha atenção à minha falta, na nesta dispersão na mente. Mas onde estou eu, a divagar na minha mente? Porquê? Será porque sinto falta da tua presença? De ti. Tenho saudades de sentir algo que não sinto a algum tempo, algo que me fez esquecer o que esse “algo” realmente é. Algo que modifica as pessoas sem que elas se apercebam. Enfim, algo.

Um comentário:

  1. Procurar dá um sentido á vida mas há sempre uma altura em que cansa, satura mesmo. Por isso é que ás vezes é bom parar, parar e pensar "Tou farto de procurar, porra pah, procurem-me a mim!". Sim, é de facto algo revolucionário, mas porquê nos martirizar com a procura quando outros se podem martirizar por não nos encontrar? Vamos parar e perceber que é bom procurar, mas que nos torna mais felizes saber que nos procuraram e no fim, apesar de ás vezes demorar, nos encontraram!

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