sexta-feira, novembro 18

Uma corda

De vez em quando há aquela sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. 
Tenho essa sensação, o medo é tanto que só é ultrapassado pela esperança de que vai ficar tudo bem.
Porque vai, não vai?
Pelo menos é isso que ambos os protagonistas de tal controversa história de amor querem.
Um deles sente medo, porque não quer perder a pessoa que ama, porque o amor é só uma linha crescente.
Lembro-me de uma história que ouvi num casamento, contado em primeira pessoa pela responsável para que ambos pudessem contrair matrimónio, naquele cenário diferente de um casamento tradicional, religioso, uma vez que se tratava de um casamento civil.
A emissora refere o seguinte:
(Nota: Não foram estas as palavras exatas.)
"Eu tive cancro, caiu-me o cabelo, caíram-me os dentes, eu era um mostro, sentia-me um monstro, estava com depressão, numa cama de hospital, sem vontade de viver. O meu marido esteve sempre do meu lado, dizendo que eu era linda, tinha um brilho encantador. Quem diz isto a uma pessoa sem cabelo, nem dentes, pensava eu. Antes eu pensava que o amor funcionava da seguinte forma, no inicio ia crescendo de forma fogosa, até chegar ao seu pico, então depois estagnava e decrescia até acabar. Apercebi-me então que não funciona assim, O amor é uma linha crescente, que cresce cada vez mais com os anos, porque a receita sempre esteve lá, a magia sempre esteve lá. Graças ao meu marido, eu agarrei-me à vida, e cá estou para vos contar a minha história."
Depois fez um discurso lindo para os noivos se amaram.
E amaram-se.
E amam-se.

Temos de resgatar o nosso, pensara uma das personagens principais enquanto escrevera esta publicação. Encontraremos uma corda, forte o suficiente para sustentar o peso do estrago que foi feito.

terça-feira, novembro 1

"Insisto em sofrer por quem não merece" - disse ela sem saber o quanto o estava a magoar.

segunda-feira, outubro 31

Eu amo-a como nunca amei ninguém, será que ela sabe disso? Quando o amor é grande o suficiente a maior das distâncias não vale nada.

domingo, outubro 30

I watch how the
Moon sits in the sky in the dark night
Shining with the light from the sun
And the sun doesn't give light to the moon assuming
The moon's going to owe it one
(...)

quarta-feira, agosto 3

CFC

É engraçado como alguém pode mudar completamente a nossa vida ao entrar nela.
É engraçado como o amor devolve a vida quando o cansaço parecia tira-la, ocupa-la.
Faz um ano que te conheço e sinto que és-me tanto, és a minha menina e isso ninguém te tira.
És quem me faz feliz, agradeço tudo o que fizeste, fazes por mim.
Nunca te esqueças de mim
Nunca te esqueças que te amo
Fazes-me muita falta mesmo, e gritemos ao mundo que o amor existe. Ele existe
Amo-te

sexta-feira, julho 8

Sete num dia

"Se eu bater à tua porta de madrugada com lágrimas nos olhos, abrias-me a porta?"
"Trocavas-me?!"
Os exemplos escritos anteriormente são baseados em publicações reais no Facebook,
Qual é a necessidade deste tipo de posts? Será que a sociedade está tão fodida que os jovens (sim, também há evidência deste género do sexo oposto) precisam tão desesperadamente de atenção sem a qual não conseguem viver? Precisam assim tanto da aprovação de outrem para conseguirem viver com eles próprios? É isto que o futuro reserva? Os trabalhadores do amanhã são a geração afetada que hoje mostra-se dependente de redes sociais para viverem o seu dia? O exemplo específico tem publicações deste género, mas para aí umas sete num dia.
Eu não estou aqui para julgar ninguém, e usualmente não julgo. Só penso nisto porque faz-me confusão. Esta geração cresceu com telemóveis nas mãos, computadores no colo. Cada vez será mais difícil um infante crescer abstido de tal tecnologia, é quase impossível. Mesmo que os pais não autorizem o uso de smartphones, acabam por mexer em outras ocasiões. É praticamente inevitável.
Agora se os pais permitem que estas pessoas tenham computadores e telemóveis inteligentes, convém saberem o que eles fazem e procederem consoante o comportanto das suas crias. 
O ultimo exemplo que observei - "trocavas-me?", a maioria das respostas foram negativas e houve uma positiva. A autora do post ficou amuada, dizendo para o comentador ir-se embora. Se ela não sabia lidar com essa resposta, que era muito possível, não fazia a publicação. A auto-estima destes jovens é tão baixa que precisam que as outras pessoas finjam que se preocupam com elas?
Fucked up society

quinta-feira, maio 19

Não encontrei

Acabo de sair do cinema após ter visto um hilariante filme - "Má Vizinhança 2", que não saí do espaço com dores na barriga de tanto rir, mas sim com uma cara trancada, cabeça cheia. Os estão os meus irmãos? E irmãs for that matter, serei eu um tosto tão pacóvio que não sei relacionar socialmente? Nunca percebi muito bem o conceito exato de amigo. Com o passar dos anos o seu significado foi sendo moldado, formatado conforme as pessoas que assim o mereciam ou não.
Tenho muita dificuldade, mas tenho plena noção de que não sou eu o problema. Não creio que esta frase seja de algum modo egoísta, porque quando as pessoas se afastam pode ser uma fase, como pode não ser. As pessoas acabam por ter tanto nas suas vidas que acabam por não ter nada.
- Mas tu podes combinar um café com as pessoas!
- Boa ideia, mas eu esqueço-me..
- Quer isso dizer que te esqueces das pessoas?
- Não, de forma alguma! Simplesmente tenho as minhas cenas.
- Então as pessoas também têm as delas.
- O que estás a tentar dizer é...
- É simples, da mesma forma que tu te esqueces de as convidar, elas também se esquecem, as pessoas têm a vida delas.
 - Isso deixa-me triste..

sexta-feira, maio 13

b)

Quando estiver ao leito da minha morte, provavelmente deitado numa cama de um hospital qualquer, com um tubo de soro espetado através de uma fina agulha numa das minhas veias mais fortes do braço esquerdo, enquanto olho para a janela, que assumo desde já que vai-se encontrar do meu lado direito, vendo os pássaros a cantar, enquanto o sol emerge, naquela lenta rapidez, vou dar por mim a pensar no que fiz. E penso, "foda-se, fiz aquilo", sentindo concretizado pelos meus feitos? 
E se não for, não terá a vida sido mal vivida? Uma vida mal vivida pouco de vida tem, porque as imposições existem, então temos de as suportar e nunca, nunca aceitar aquele não destrutivo que deita abaixo aquele sonho peculiar que tinha tudo para andar, mas como o velho rezina disse que não, a vida foi assim construída, assim cimentada naquele não e por todas as decisões à priori.
Aquele não mudou a vida dele e nenhum dos dois sabe disso. Nem o locutor, nem o transmissor.
E no ultimo suspiro gritar-se-á um foda-se.
Existem duas hipóteses:
a) Foda-se, queria ter feito aquilo, se ao menos tivesse tido os colhões para o fazer.
b) Foda-se, consegui fazer tudo o que queria ter feito.

Qual dos foda-se queres?

sábado, março 19

Knots

E ela amava-o tanto que não sabia o que haveria de fazer. Mas apenas sabia que o amava tanto quanto podia amar alguém e era fantástico porque esse amor, oh esse amor preenchia o coração do amado.
Mesmo que ela ache que o magoou, que o tratou mal, ele discorda, dizendo que está tudo bem, porque efetivamente está.
O amor é uma ponte que une dois corações e estes corações, meus caros amigos virtuais, estão bem ligados.
Não és tu, não sou eu, somos nós.
Nós

quinta-feira, março 3

Zé Leonel

"Este livro é dedicado a todos os músicos que trabalham onde não querem, poupando para adquirirem o seu equipamento, que gastam o seu tempo ensaiando, que criam e executam às vezes com um esforço desumano e depois são obrigados a pagar para mostrar o seu trabalho. A esses, peço-lhes que nunca desistam, porque com a nossa luta a música, a arte em Portugal acabará por conquistar o espaço que é seu por direito".

quarta-feira, fevereiro 17

Solved

Funny thing, sempre que lhe ligo a dizer que tenho um problema, ele responde algo do tipo, "não tens dinheiro para comprar sequer um pacote de leite para os teus 3 filhos?" ou algo do género, "é man, deixa de ser conas e faz-te um homem". Adoro aquele gajo.
É engraçado como qualquer problema que nós temos, quando o temos, são tão colossais, um fim do mundo, porque quando estes acontecem é isso que efectivamente sentimos. Acho que esta é provavelmente uma das melhores respostas, aos meus "problemas" que no fundo nem são problemas, são assuntos cuja importância é duvidável. Por vezes pensamos demais sobre o assunto e damos demasiada importância aquilo que pode se resolver de formas simples.  Vi um quadro que representava um pensamento irlandês, que mostrava uma espécie de árvore de decisão, onde a a titulo "problema". Uma seta indicava para a esquerda, dizendo "pode ser resolvido". Outra, apontando para o lado oposto dizia o seu quase-antónimo, "não pode ser resolvido". No fundo é isto. Há um problema, pode ser resolvido? Resolve-se e problema arrumado, não se pensa mais no assunto. É igualmente válido para o contrário. Não pode ser resolvido? Então se não se pode resolver, why the fuck even bother? O tempo ajuda a esquecer. Há certos assuntos que não desaparecem, mas com o tempo vão perdendo a força.
O importante é levantar a cabeça, tudo se resolve.
Amanhã entro de férias

segunda-feira, fevereiro 15

Perspectivas

"Então meu! Imagina que isto é uma musica! A tua musica favorita, e tu queres aprende-la a tocar na guitarra! Mas tem que estar perfeita! Tu irias desistir de tocar guitarra? Não! Tu irias observar todos os pormenores até descobrires como é que se faz exactamente! Acho que com estatística é o mesmo! Exprimenta!"
-Lee Broadway

sábado, fevereiro 6

Alcunhas (α;β)

Caracas
Caracks
Caracol
Caracolings
Fucking Snail Man
José Snail (com pronuncia residente no México)
Jósel
Jota
Mr. José Snail (com pronuncia igualmente residente no México)
Mr. Snail
Zé Maneli

quinta-feira, fevereiro 4

Adoro-te

Adoro-te.
Não é um amo-te. Não é um gosto de ti, quiçá um gosto muito de ti. Mas se estas frases previamente mencionadas fossem colocadas num copo e misturadas como de uma solução química se tratasse, fosse ela alcalina, neutra ou até mesmo ácida, coisa que não o é. 
É o contrário, pois não se trata de química, trata-se de sentimentos e estes, meu amor, não vêm nos livros. 
Porque as sensações são para ser vividas e se as minhas palavras te deram vida, continuarei a dar-tas porque tu és muito para mim. E para ti quero o melhor, por isso é que digo com tanta certeza que te adoro, porque és fácil de adorar, tens tudo para ser adorada por mim. E és.

quarta-feira, fevereiro 3

Made of Tears

A cadeira ruidosa pede piedosamente por óleo, esta fala sempre que não quer, sempre que não o deve fazer, mas a coitada é assim e quem a usa, não tem o coitado devido de a calar, então ela pede, pede e vai pedindo até seu desejo ser saciado. Provavelmente não será, mas coitada, não o sabe, mal o desconfia. Assim vai vivendo.
As costas vão doendo, o corpo pede e a mente nega, porque a quantidade de dopaminas que são libertadas não compensam, mas esta sente que sim. Ela no fundo acredita que sim. Há um transtorno meio inexistente que acaba por existir. A vontade está lá, mas parece que algo não bate certo. Há sempre algo por fazer, ver, ler, ouvir, ver novamente e quando dou por mim já são 02:48. Provavelmente preciso de educação, contudo com isto não quero dizer que sou malcriado e/ou mal-educado (porque é que "malcriado" é junto e "mal-educado" tem um hífen a repartir as palavras? Culpo o governo socialista-democrata!), mas sim que tenho de conseguir fazer aquilo que penso, assim que penso. Exemplo, planeio a seguinte lista de eventos: Estudar, comer, estudar, ver um video (um fucking vídeo, e desta forma o post já não é PG) e ir dormir. Mas como se o video fosse aquele truque de magia que envolve o seu executor retirar da manga esquerda (ou direita, I don't give a damn) um lenço que se encontra com um nó a outro, provavelmente o nó direito, e a ilusão continua. Lenço atado a lenço que se encontra atado a outro lenço e assim comecei eu a ver um video cujo interprete é Bryan Adams, cantando a Run To You só para mim, mas este estava atado ao Eye of The Tiger e se me descuido sei que esta cadeia, vinte vídeos depois será algo como um video de como cortar as unhas ao meu urubu, algo que acaba por não fazer sentido, eu nem tenho tal animal!
I need self-control.
I need to sleep
E assim vou dormir depois deste yo-yo de palavras.
Tinha saudades tuas José, bem-vindo à tua casa, seja ela onde quer que seja. 

Post Scriptum: Não sei se tenho a lente suja ou se é meu olho esquerdo cuja visão está turva e desfocada.

domingo, janeiro 24

I'm an independent woman

Acabo de ler isto: "Ontem pela primeira vez, fui a uma discoteca em que os homens tinham cartão de 5€ e as mulheres de 10€. É que nem no Porto, Lisboa ou Algarve vejo disto. Ai Setúbal Setúbal"
Este tipo de gajas quando são beneficiadas ficam todas felizes, mas quando a sua peida não é beneficiada, criticam, achando errado. Quando são mulheres a pagar metade do que homens, já acham fantástico. Que se foda esta espécime que releva vários cromossomas atrasados. Não falo das mulheres em geral, falo de um nicho de mercado, um segmento demasiado especifico de uma espécie que diz a si mesmo "I'm an independent woman, I don't need no man. I'm fine by myself" (com um sotaque feminino africano-estaduniense gospelesco, if you will). Mulheres, estas que após dizerem isto, vão sair à noite, emborcar o álcool mais rasca que conseguem de borla, porque conseguem seduzir aquele que se acha o macho alpha, estamos a falar do macho latino, que usa uma t-shirt cujo decote  é demasiado comprido para ele, mas ele não quer saber porque sabe que vai papar alguma na noite. Noite essa em que estão 25 graus celsius negativos. E seduzem porque sabem que ele, em espírito de competição e de querer agradar, vai querer pagar bebidas a essa vagina com um corpo anexado, por dois motivos principais: querem embebeda-las para poder fodê-las, nem que seja na casa de banho masculina, em que no próprio sitio, tem um jovem em coma alcoólico, e querem sentir-se realizados com eles mesmos e mostrar aos da mesma espécie (machos alpha) que são o dominante de toda a espécie.
Mas que interessa isso?
Mas depois trabalham e verificam que os homens recebem mais do que elas, então revoltam-se a dizer que não pode ser, gritando igualdade, quando no fundo se referem ao feminismo e querem que os homens se fodam, porque já tiveram bestas nas suas vidas que as fizeram pensar aquele cliché dos homens serem todos iguais, e que para descarregarem a dor vão tentar comer n+1 machos (sendo o n o número total de homens que estão na discoteca)
Eu sou a favor da igualdade dos sexos e sei que a igualdade no sentido literal da palavra, dificilmente será possível, por mentalidades másculas muito fechadas e mentalidades femininas também elas fechadas (as suas pernas é que não). A única igualdade que temos de momentos, é no pó que nos tornamos depois de morrer.

Nota do editor: onde se encontra escrito "machos", leia-se "putos".

domingo, janeiro 17

"Um arrependimento em comum com a maioria dos "empreendedores de sucesso" (é subjectivo o que é isso) é não terem dedicado mais tempo à família. Nota-se um amargo e triste arrependimento quando dizem isso, sentindo que perderam oportunidades de estarem com quem mais amam, e o tempo nunca mais volta atrás.
Por mais trabalho que tenham, por mais aliciantes que sejam os desafios, nunca coloquem as pessoas que amam em segundo plano. Mais tarde ou mais cedo, chega a fatura."

quinta-feira, janeiro 7

Consegues voar?

"Amor.
Shhh shhh.
Consegues ouvir?
O meu coração querer sair?
O segredo contado
Num beijo roubado?

Olha.
Consegues ver?
Flutuar no prazer
Das certezas procuradas
No verde estampadas?

Espera.
Consegues parar?
O fogo que arde ao amar?
A melancolia sentida
Numa simples despedida?

Dá-me a mão.
Consegues sentir?
O corpo em inquietação
Pelo calor do teu
Aquilo que sobrou do que a dor não corrompeu?

Vem.
Consegues voar?
Vem e por favor, não vás!
Vem e não olhes para trás.
Acredita no que te digo
Apagas as lembranças más
Quero-te aqui comigo"
-Alexandra Gustavo

terça-feira, janeiro 5

Zé Pedro

O pessoal do rock trabalha muito?

Pois, não é só fumar umas brocas, pegar numa guitarra e ir para cima do palco. Há muito trabalho por trás e uma pessoa tem de centrar-se no que quer, consigo mesmo e com o instrumento que pretende tocar, no coletivo em que está inserido. Já pertenci a vários coletivos - claro que o principal é o Xutos & Pontapés -, mas já estive noutros em que a minha posição, no palco e como músico, é diferente.

(...)

Tu criaste uma personagem?

Alimentei uma personagem. Todos nós alimentamos uma personagem consoante, até, com as profissões que temos. Pessoas que gostam do que estão a fazer querem ir o mais longe possível. Numa pessoa que é pública, essa personagem é o desenvolvimento da sua personalidade. No meu caso, como músico, acima de tudo há uma honestidade total em relação à vida que levo. Assumo o que faço e isso é transportado comigo. A andar na rua, a ir às compras, seja o que for, eu também sou o Zé Pedro dos Xutos & Pontapés. Tenho esse carimbo na testa.

domingo, janeiro 3

Mais uma frase daquela do José Caracol

Sete da tarde é provavelmente a pior hora para ter fome, pois é tarde demais para lanchar e cedo demais para jantar.