quinta-feira, março 14

SIMPLES

Como fazer um êxito pop
- Pessoal, é simples, vamos falar de um tema "banal".
- Sim, parece-me bem, mas qual?
- Hmm, e que tal sei lá, o amor?
- Ok, o amor serve..
- Vamos falar de uma cena tipo quero-te de volta, ou assim!
- Boa ideia,  as pessoas identificam-se com isso!

Next step: wait e lucrar.
done.

quarta-feira, março 13

terça-feira, março 12

Normal, what?

O que é isto do normal? Nós somos ensinados que temos de ter comportamentos normais, temos de "ser" normais, mas o que quer isto dizer afinal? Quer dizer que temos de reproduzir certos e determinados comportamentos para certas e determinadas situações, faz sentido, por alguma razão nos apelidamos de animais racionais. Na minha opinião, acho que o "normal" é uma definição ilusória dada por alguém, para manter as pessoas na ordem, o que até ao confrontar isto com lógica faz sentido - é difícil controlar multidões compostas por pessoas "normais", multidões "não-normais" ou as ditas multidões enfurecias  pior ainda, pois há o "efeito da multidões". Estas podem fazer influencias brutais, no bom sentido, ou o contrário, um exemplo? A religião.
O normal não existe, mas fora isso, temos os nossos momentos espontâneos, de loucura se quiseres dizer assim ou momentos "não-normais". Somos felizes assim e isso é o que importa, cada pessoa tem o seu nível de "normal" e o "seu" nivel, cada pessoa tem o direito de ser sua, and I can live with that.

sábado, março 9

Teorias da Morte II

Morri. Ontem acho que ainda estava vivo, mas agora já não. É estranho, pois só vejo a cor preta, simplesmente para onde quer que eu olhe. Não há imagem, mas sim uma única cor. Isto mantém-se assim, esperava que aparecesse vida, ou sei lá, algum sinal que me guie, que me mostro que não estou aqui sozinho. Gostavas, mas não posso ser preciso neste momento em que tudo é-me estranho nesta esquisita dimensão. Devo estar no tão famoso Céu, ó espera, ou será o Inferno? Como poderei ter certezas sequer do que me foi ensinado na Terra? Afinal de contas não existe realmente um relato de alguém que tenha morrido e voltado para escrever um livro chamado "Aquilo Que Vi" onde tudo era descrito minuciosamente com o fim de nos dar a percepção desse "tal" Céu e Inferno, então como posso ter a certeza daqueles contos? Enquanto penso nisto, o tempo passa normalmente, devem ter passado uns cinco minutos, quiçá? É melhor confirmar, ó boa, o meu relógio não trabalha aqui.. Perfeito. Mas onde estou eu afinal? Só vejo preto, nem me consigo ver. 
A curiosidade que se acumula, por vezes pode trazer até à loucura, pois não há uma resposta quando se pergunta: O que acontece quando alguém morre? Vai para a cova ou o que será que acontece? A nossa dita alma vai para algum lado e se sim, para onde? Tantas perguntas, um tanto sem respostas.. 
O que é pior? Passar a vida toda acreditar que existe um Deus, morrer e não existir ou o contrário?

Spoilers

Quando eu vejo pessoas a comprar Bíblias tenho vontade de gritar: SPOILER ALERT, ELE MORRE NO FIM!

quinta-feira, março 7

3 de Outubro

Autocarro.
Depois de mais um dia de praxes, o terceiro dia, para dizer a verdade, cá estou eu na paragem para apanhar o autocarro. Um bocado depois das 18.00 horas, lá chega o dito cujo e as reacções começam; num mar de gente enfadada, misturada com mil e um odores resultantes dos "clássicos" banhos que os veteranos dão aos caloiros de ketchup, farinha e vá se lá saber mais o quê. Durante estes dez minutos desde o Alto da Estefanilha até à paragem final (redundância), numa angústia não assim tanto angustiada, mas o suficiente para angustiar um bocadinho, devido ao cansaço e o cheiro não ajuda, claro. Após sair na paragem, caminho uns dez minutos a pé, nesta altura costumo andar a olhar para o chão, sempre pode haver uma formiga que me desperte a atenção por ter as costas tatuadas ou sei lá, é de maneira que ando distraído e o caminho desde a paragem onde saio até a minha casa, passa mais rápido, (não passa, mas dá essa falsa sensação) estando eu cansado, quero chegar a casa o mais rápido possível, quero descansar.

Memórias. 
Wow, agora que dou por mim, agora que presto atenção à minha volta, reparo que estou a passar ao pé da minha esco.. ups, acho que agora é antiga escola. Hmm, isto não me soa assim tão bem. Antiga? Parece que foi ontem que lá andei, parece que.. que.. sei lá, o tempo não passava quando eu andava lá. Claro que passava, mas não o sentia, não havia forma de o sentir, pois era mais miúdo do que hoje sou. Mas antiga? Passei lá uns, deixa cá ver, uns seis anos? Wow, agora que faço uma introspecção, é mesmo. O tempo passa a correr, parece que não brinquei o suficiente, se calhar brinquei, mas agora quero brincar mais, Mãe, porque não me deixas brincar? Eu quero brincar, posso brincar? Gostava de continuar a brincar, Mãe, não quero crescer, quero voltar atrás, quero ver Pokemons, Dragon Ball, quero estar a falar contigo, a brincar contigo, oh quero aqueles carros.. Wow, que chapada que me deste, ó Father Time, pensava que estavas do meu lado, meu.. Onde estou eu agora? Estou na universidade, por amor de alguém que não Deus! Como é que isto aconteceu? É claro que eu sei como aconteceu detalhadamente, mas como aconteceu ao certo? Como é que eu passei de aprender a ler até agora? Que interpreto Direito como se estivesse em advocacia? Sinto que aproveitei o tempo enquanto cá esteve, mas agora quero-o um pouco mais, quero ficar saciado, quero. Parece que falo da escola primária, não é a secundária. Mas que nostalgia..