segunda-feira, novembro 30

Uma Aventura em Roma

Decidi publicar um trabalho para a disciplina de H.C.A (traduzindo por miúdos, História)
Bem, parece que vai ser mais um post, God, como tinha saudades de escrever aqui.

A brisa matinal neste dia de Outono era logo reconhecida no quarto solitário de Juliana, que madrugadora, suspirava, ansiosa pela chegada do marido, cuja data ela desconhecia.
Seu marido, Flávius, era o general e amava a sua pátria quase como amava a sua mulher, é claro que a sua esposa ficava em primeiro.
Flávius e todo o exército estava ausente, já há duas semanas, na tentativa de conquistar novos territórios ou estabelecer a Pax Romana, nesses mesmos territórios.
Juliana e Flávius têm uma enorme casa e para manter esta casa em ordem, o casal tem dez escravos: Pedrus, Simão, Rebecca, Tommé, Thiagus, Sarah, Anna, Ruthe e Maria.


Pouco passava das oito da manhã, quando Juliana foi fazer o seu habitual passeio, pela cidade de Roma e ordenou que Simão fosse comprar fruta e o seu almoço:
- Bom dia, Sr. Octávius, tem fruta fresca?
- Bom dia, rapaz, claro que tenho! – Quase era a admiração por parte do comerciante, pela aquela pergunta feita pelo Simão, dava a sensação que não tinha o hábito de comprar.
- Então vão ser quatro laranjas, um garum e duas perdizes.
- Mais alguma coisa?
- Não, é tudo.
- Então, são 36 sestércios.
- Aqui estão, Sr. Octávius, adeus e um bom dia.
- Obrigado, meu rapaz. Adeus

Eram agora onze horas e meia, ainda da manhã na cidade romana, muito era o ruído que se ouvia nas ruas, mas o que realçava nesta paisagem era o cheiro, mas ninguém sabia melhor do cheiro, que o seu marido, afinal, mais se ausentava ao cheiro, e nessas circunstâncias ela o denominaria de “Flávius, o Sortudo”.

Acabavam de regressar a casa Juliana e Simão:
- Oh, ainda bem que chegaste, Simão, é de maneira que o Pedrus pode começar a fazer o almoço. Pedrus! – Chamou o escravo.
- Chamou senhora?
- Chamei, sim, o Simão agora chegou com as compras por isso podes começar a cozinhar o almoço,
- Com todo o respeito, não será cedo, minha senhora?
- Não, tu bem sabes como eu gosto de comer a horas.
Enquanto Pedrus se dirigiu para a cozinha, Tommé ouviu a chamada da senhora.
Ela deu-lhe uma carta para a entregar na casa de Adriana, que era uma amiga da esposa do general, que se conheciam desde a infância de ambas. A carta era um convite para as amigas passarem a tarde juntas. Quando recebeu a mensagem, Adriana aceitou logo, como se tratasse de um reflexo.
O almoço estava muito bom, a mesa estava bastante requintada; como entrada estava, o garum e uma salada para eventualmente o acompanhar, para prato principal estava uma perdiz, acompanhada com um delicioso molho de batatas:
- Pedrus, este prato esta uma delícia!
- Muito obrigado, fi-lo com bastante amor e carinho.
- Eu bem sabia que tinhas dom…Pedrus, que horas são?
- Bem, são quase duas.
- Então vou aproveitar para sair um bocado, até às quatro e qualquer coisa, que eu não me quero atrasar quando for ver a minha amiga Adriana.

Juliana conhecia António de ser um antigo general, ou seja um general já reformado e este tinha estado muito presente na vida de ambos; principalmente na vida de Flávius. Ela simplesmente simpatizava com a mulher do antigo general, Ceres. Este casal tinha três filhos; Justiniano, que ocupava uma alta posição política, Júlio, que formava parte do exército e por fim, Flavia, a única rapariga com um cargo religioso, era vestal.
- António, Ceres, dêem cá um beijinho, há quanto tempo não nos vemos?
- Já faz algum, não é António?
- É verdade, então e o meu general preferido? Como vai? – Perguntou António
- Ele foi combater… então e os vossos filhos?
- O Justiniano está lá no Senado, Júlio encontra-se em de férias numa das nossas casas e Ceres, já sabes…
- Sim, ela é espectacular, afinal não é qualquer pessoa que abdica da sua juventude para se dedicar a Deus.
- É a nossa menina, e muito nos orgulhamos dela.
Prolongaram a conversa por mais hora e meia, tempo suficiente para Juliana passar tempo com os conhecidos e também para regressar a tempo de rever a sua amiga Adriana.
Encontrou-se com a amiga era cinco da tarde:
- Adriana! Como estás?
- Bastante bem, e tu? Emagreceste, não foi?
- Creio que posso dizer que sim…
Tanta conversa tinha-se desanuviado com o passar do tempo, o que pareciam minutos, talvez segundos a passar, tinham sido horas e quando as duas amigas deram por si, eram seis horas, o que significava que a Adriana tinha ficado tempo demais na casa da amiga, o que não se arrependera, pois todos aqueles minutos que tinha posto a conversa em dia tinham sido muito bons, no entanto a noite estava escura como breu, devido ao facto de o rio Tibre estar situado perto da cidade, tinha-se levantado um nevoeiro, que era uma grande vantagem para ladrões e assassinos, pois as pessoas não conseguiam ver bem ao longe:
- Estou um pouco receosa…Este escuro não me agrada na.. nada – gaguejou
- Se é a noite que tu temes, o Tommé vai contigo, ele proteger-te-á.
- Não quero incomodar de maneira alguma, vou sozinha, adeus.
- De certeza?
- Claro, não te preocupes, isto do mal, só acontece aos outros.

E lá seguiu Adriana, apesar do medo a atormentar, ela seguiu confiante até chegar a uma esquina, no momento em que virou quatro indivíduos aparecem e levam-na para um sítio escondido, nos subúrbios da cidade, onde conseguem despi-la e a violaram, todos os quatro indivíduos. Adriana ficou bastante traumatizada com este momento e quando chegou a casa não queria pensar mais naquilo. No momento em que tal aconteceu, Adriana ouviu um grito, o que acabou por ignorar, pois naquele momento ela estava a ser violada, e era excessivo para ela.
No dia seguinte espalha-se a notícia em toda a cidade: ”Comerciante Tiago, morto ontem à noite com 24 punhadas pelo corpo todo”. No entanto uma notícia boa se espalhou, talvez tenha conseguido acalmar, a notícia anterior: “Preparativos para o triunfo começam”, que significava que o exército regressara ao seu império. Bastou esta notícia para alegrar Juliana.
Passado um mês, os preparativos para o triunfo estavam finalizados que significava que o exército retornava de imediato.

Começou o triunfo, festa por todo o império romano. Após “o libertarem” Juliana teve a oportunidade de reaver o marido, e passaram um momento a sós, ele conta-lhe todas as suas corajosas aventuras e ela fez o mesmo. Curiosamente era feriado em nome de Júpiter, e este casal e seus escravos foram todos ao Circus Máximos, ver uma luta de gladiadores, que adoraram. No dia seguinte, houve uma grande corrida de cavalos e Flávius não resistiu em apostar 50 sestércios no cavalo que supôs que lhe iria dar a vitória: o ”Rapidus”, que acabou por ganhar a corrida e visto que todos os cavalheiros que se encontravam presentes apostaram, Flávius ganhou 200 sestércios.


Flávius continuou a partir, pela sua pátria em busca de novos territórios para o império romano. Juliana continuou a fazer a sua rotina, a encontrar-se com amigos.
Tiveram três filhas, Ceres, Júlia e Antónia, Ceres tornou-se numa vestal.
Quando Flávius se reformou, teve quatro netos; dois de cada filha, excepto de Ceres.
Adriana nunca mais voltou a sair à noite, receando que poderia ser violada outra vez, porém não foi esse medo, pois apaixonou-se por Tommé, um antigo escravo de Juliana e Flávius eu acordaram em libertá-lo. Acabaram por casar e tiveram dois filhos[...]

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